A cidade-estado de Singapura tem adotado uma postura de não interferência no conflito entre Israel e Gaza, refletindo sua política externa de ser "amiga de todos e inimiga de ninguém" O vice-primeiro-ministro Lawrence Wong afirmou em uma sessão parlamentar que o apoio de Singapura à solução de dois estados para o conflito permanece inalterado, reconhecendo o direito do povo palestino a um lar e o direito de Israel a viver dentro de fronteiras seguras.
Singapura tem uma abordagem consistente baseada no respeito ao direito internacional, à paz global e à segurança. O país condenou os ataques do Hamas em Israel como "atos de terrorismo" No entanto, também expressou preocupação com o crescente número de mortes em Gaza e a situação humanitária na região.
A abordagem de Singapura é fundamentada na observância fiel do direito internacional e na independência e soberania das nações. Os cidadãos de Singapura podem ter opiniões fortes sobre a tragédia que ocorre no Oriente Médio, mas conseguem chegar a um consenso sobre como o país deve responder. Em resumo, Singapura acredita firmemente que israelenses e palestinos têm o direito de viver em paz, segurança e dignidade.
A Abordagem de Singapura para Preservar a Coesão Social
Singapura é uma nação multicultural, com uma população majoritariamente chinesa, mas também com uma significativa minoria malaia-muçulmana e indiana. A preservação da coesão social e da harmonia religiosa sempre foi uma prioridade para o país.
Desde sua independência em 1965, Singapura tem buscado o direito à autodeterminação de acordo com o direito internacional. A separação da Malásia em 1965 estabeleceu o pano de fundo para o compromisso de Singapura com essa questão.
Devido à sensibilidade em relação ao conflito Israel-Gaza, o governo de Singapura adotou medidas preventivas para gerenciar a situação, citando riscos à segurança pública e à segurança em geral. Foram rejeitadas cinco solicitações para o uso do "Speakers' Corner" para eventos relacionados ao conflito, e o governo também alertou contra a exibição pública de emblemas nacionais estrangeiros relacionados ao conflito e pediu cuidado ao apoiar atividades de arrecadação de fundos.
Embora não tenham ocorrido protestos públicos em apoio aos palestinos ou a Israel em Singapura, a sociedade civil e as comunidades religiosas têm se dedicado a organizar ajuda humanitária para Gaza. A população de Singapura doou cerca de 6 milhões de dólares de Cingapura (4,5 milhões de dólares) por meio da Fundação Rahmatan Lil Alamin e a organização Relief Singapore fez um apelo urgente por cobertores para enviar à Faixa de Gaza.
A Importância das Relações Diplomáticas de Singapura
Singapura estabeleceu relações diplomáticas sólidas tanto com Israel quanto com a Palestina. O país tem fornecido assistência técnica e apoio substanciais à Autoridade Palestina ao longo dos anos e continuará a fazê-lo.
Israel, por sua vez, ajudou a desenvolver as Forças Armadas de Singapura nos primeiros anos de sua independência, e a cooperação entre os dois países continua em diversas áreas, incluindo ciência e tecnologia.
A abordagem de Singapura de ser "amiga de todos" permitiu que o país estabelecesse boas relações tanto com a Palestina quanto com Israel. No entanto, Singapura também enfrenta desafios em relação à segurança nacional, especialmente em relação aos seus vizinhos mais próximos, Malásia e Indonésia, que têm populações majoritariamente muçulmanas e frequentemente experimentam atmosferas politicamente carregadas devido ao conflito entre israelenses e palestinos.
Durante a 10ª Reunião de Líderes Singapura-Malásia, realizada em outubro, o primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, e o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, concordaram que suas diferentes posições diplomáticas em relação ao conflito israelense-palestino não deveriam afetar a relação bilateral.
Conclusão
Singapura adota uma política externa de não interferência no conflito Israel-Gaza, buscando preservar a coesão social e a harmonia religiosa em seu país. O governo de Singapura condenou os ataques do Hamas como atos de terrorismo, mas também expressou preocupação com a situação humanitária em Gaza. O país acredita firmemente que israelenses e palestinos têm o direito de viver em paz, segurança e dignidade. Singapura mantém relações diplomáticas sólidas tanto com Israel quanto com a Palestina e continua a fornecer assistência técnica e apoio à Autoridade Palestina. A abordagem de Singapura visa garantir relações estáveis com seus vizinhos e preservar a segurança nacional.